Sobre o Grupo

Os eixos de investigação do grupo Performance & Cognição percorrem diversas áreas transdisciplinares, em que o princípio agregador será o estudo dos processos cognitivos e performativos, em dança, teatro, drama, performance art, performance social, linguística, artística e quotidiana e suas hibridizações.

Num contínuo entre as manifestações de presença e as formas de ausência, através de tensões centrípetas e centrífugas em relação ao gesto da corporeidade, o P&C examina a potência do jogo de cena, o movimento, a atenção, a participação e a apresentação e as suas relações de movência e reciprocidade com o virtual, o digital e a mediação.

Face à efemeridade e/ou permanência, a encruzilhada entre performance e reperformance, nos seus sentidos abrangentes, é atravessada por estratégias em torno de documentação, arquivo e recuperação/reutilização.

Integrado no ICNOVA, a história desta perspetiva teórica e prática começa, pelo menos, em 1993, com a fundação da disciplina de Teorias do Drama e do Espetáculo, por Paulo Filipe Monteiro, na FCSH-UNL, associando as áreas de Comunicação e Drama. Não diretos, os processos de comunicação e apresentação envolvem troca e interferência, double-bind e sedução, persuasão e representação. Posteriormente, com espírito semelhante e orientado para as artes performativas, é criado o mestrado em Artes Cénicas em 2008, que amplia os discursos e as práticas até então. Além disso, o grupo tem relação com o doutoramento em Ciências da Comunicação, na vertente de Comunicação e Artes, e com o de Estudos Artísticos, no âmbito dos quais várias teses estão em desenvolvimento, recobrindo temáticas da dramaturgia às transições virtuais, passando pela pesquisa como prática e improvisação.

A Coordenação, desde a criação do grupo até outubro de 2021, esteve a cargo de Paulo de Filipe Monteiro, passando em seguida para Carla Fernandes, com vice-coordenação de Cláudia Madeira. A equipa é ainda responsável pelos seguintes projetos:

BlackBox: Arts & Cognition Lab: coordenado por Carla Fernandes, o projeto trabalha com artistas convidados, para analisar e documentar os seus processos de composição únicos, através do cruzamento dos contributos da criação contemporânea com as teorias da Interação Humana, Estudos de Gesto, Ciências Cognitivas e Computer Vision. Projeto apoiado pelo European Reseach Council e antecedido pelo Transmedia Knowledge Base (TKB).

Laboratório de Experimentação Cénica (LEC): coordenado por Paulo Filipe Monteiro, compreende ações de experimentação entre artistas, professores e estudantes com o objetivo de desenvolver, além da academia, o treino dos performers na prática, novos caminhos para o trabalho em teatro, dança, performance art, artes circenses e ópera e desenvolver o pensamento teórico e crítico sobre as artes cénicas.
Organiza cursos com especialistas portugueses e estrangeiros, desde a sua criação, em Outubro de 2017, nomeadamente: Improvisação, com Paulo Filipe Monteiro, O Palhaço e o Sentido Cómico do Corpo, com Ricardo Puccetti (Lume Teatro, BR), Técnica da Máscara, com Filipe Crawford, Ética e Metodologia de Grotowski, com Filipe Pereira, Método Viewpoints, com Joana Pupo, Equilíbrio Rítmico Corporal: distâncias, forças e silêncios nas práticas cénicas, com Carla Fonseca e Horacio López (Argentina), Butô, com Yael Karavan (Karavan Ensemble, UK), Movimento e voz, com Margarida Mestre.

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